Edicões Gambiarra Profana/Folha Cultural Pataxó

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

BORBOLETA


                                            BORBOLETA

Ainda que eu tiver que ver o crepúsculo
Pelo quadrado da janela
Tendo o chão gélido e molhado como colchão
Não desanimarei

Ainda que eu tiver que imprimir jornais
Na calada da noite
Para ser perseguida na calçada
Eu continuarei a panfletar meus ideais

Ainda que eu tiver que ficar com meu corpo nu
Para ser torturada
Para ser massacrada
Eu serei Minerva e firme ficarei

Ainda que eu tiver que sair do casulo
Para bater asas nas ruas de vidro
E sangrar todos os dias
Eu voarei

Ainda que eu tiver que perder minha vida
Na estrada deserta
Para vidas serem livres
Minha vida eu darei

7 comentários:

  1. LINDO! LINDO! LINDO......
    NÃO TEM COMO DESCREVER TÃO BELO MPOEMA...
    aBRAÇOS CARINHOS
    Preciosa Maria

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  2. Nossa! Lindo demais!
    Amei!
    Parabéns, pelo excelente trabalho.
    Perfeito!..

    Beijos.

    Marion

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  3. ''Na calada da noite
    Para ser perseguida na calçada
    Eu continuarei a panfletar meus ideais''

    Sempre adorei borboletas, seja pela leveza, suavidade ou entrega.
    Mas em sua breve vida, de uma coisa eu sei: não desistem de voar.
    Que sejamos como as borboletas.

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  4. Ola querido!

    Fantastico seu poema!

    "Depois de tantas horas
    Ainda haverá o carinho
    Que ficará a esperar
    Pelas horas que ainda vão chegar"

    Ainda bem né!?Um carinho é sempre bom!

    Beijos com carinho!

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  5. Acho QUE fiz confusao!
    Comentei nesse poema as palavras que eram para o posterior a esse!

    Entao quando vc publicar eu faço a correçao!rs

    Essa aqui eu so posso dizer que é magnifica!

    Beijos,beijos

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