Edicões Gambiarra Profana/Folha Cultural Pataxó

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

"CHE"

Esta semana minha postagem é uma homenagem
E está no link abaixo, basta passar o mouse.


sexta-feira, 20 de setembro de 2013

MONSTROS (PARTE I)

TRILOGIA MONSTROS
PARTE I


O bule do café era verde
A chaleira era branca
Todos dois eram esmaltados
A janela e a porta
Eram fechadas com tramela
Muitos frágeis para os monstros
Que nos espreitavam lá fora



Este poema faz parte da Trilogia Monstros
Abaixo os links dos outros poemas
Basta passar o mouse
 
Monstros Parte II

Monstros Parte III


quarta-feira, 11 de setembro de 2013

DESERTO DE CRACÓVIA



Eu sei que o sol também se levanta
Por isso levanto antes das cinco
As seis, da casa onde moro,
Ouço os sinos da igreja
Que todos os dias me fazem
A mesma pergunta

Arnoldo Pimentel

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

COLORADO RIVER



Fiquei durante horas olhando o céu
Nem me lembrei da montanha de neve
O céu aqui tem muitas estrelas
E entre elas tem um corredor
Que vai até o paraíso
No paraíso não tem chaminés, nem cigarros,
Nem fumaça
Queira Deus que nunca existam homens por lá

Arnoldo Pimentel 

domingo, 28 de julho de 2013

TRILOGIA HELENA

Amigo, conheça a TRILOGIA HELENA (INMEMORIAM)
Três poemas de minha autoria dedicados a minha mãe.
Visite o site do Grupo Gambiarra Profana, se gostar siga o blog,
Desde já agradeço a visita e a leitura.
Link abaixo:



domingo, 30 de junho de 2013

CHEYENNE

Tive muitos dias de luta
Até que morri
Meu sangue foi sugado pela terra
Meu corpo evaporou no tempo
E a minha história
Os livros e as vozes não contam mais


Arnoldo Pimentel

sábado, 4 de maio de 2013

DO LADO DE DENTRO DA FIGURA GEOMÉTRICA NÃO SE CONSEGUE VER O QUE HÁ DEPOIS DE JÚPITER.


Em dias de sol a sombra se esconde embaixo da ponte
As coisas passam
As fotos ficam na história
E a verdadeira amizade não evapora
Eu e meu amigo José Carlos quando nos encontramos
Para umas cervejas, lembramos o dia,
Há muito, muito tempo atrás,
Quando fomos ao cinema, no Largo do Machado,
Assistir Sherlock Holmes e depois da sessão,
Fomos caminhando, parando em vários bares,
Para muitas cervejas,
Até a praia de Botafogo.

Arnoldo Pimentel

sábado, 30 de março de 2013

DO LADO DE DENTRO TAMBÉM EXISTEM MUROS


Na minha escola o pátio do recreio era de terra,
Só bem depois fizeram uma quadra de cimento.
Na sala de aula não tinha aula de história,
Da verdadeira história,
Nem aula para construir uma memória,
Uma identidade.
A violência era silenciosa,
As bocas eram mudas, os olhos eram cegos,
E os alunos não podiam ter vontade própria.
As janelas eram vagas
Como as estrelas da ursa maior 
De lá não se podia ver o atlântico, nem o pacífico.
Mas na frente da escola tinha um mastro,
Onde tremulava a bandeira do brasil.

Arnoldo Pimentel


domingo, 3 de março de 2013

FLORES NO MEIO FIO




Não sei por que
Nascem flores no canto da rua
Junto ao meio fio
Se por ali
Passam pés arrastando correntes

No fim do dia oram
E tudo continua igual

Os trens estão sempre lotados
É para todos
Mas a Barra pra poucos

Que também oram
Para que tudo continue igual

No meio fio nascem flores
A noite chega sem flores
E o ponto final do trem
Ainda não é o ponto final

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

TORRES



Algumas pedras se confundem com a areia da praia
Que se mostra ao horizonte
Preto e branco
Não há aves
Só pedras
Areia e mar
Fundo do quadro
Fundo do mar
Fundo do céu...
A nos julgar

A voar em volta das torres
Desertas
Que sobraram

Arnoldo Pimentel