Edicões Gambiarra Profana/Folha Cultural Pataxó

sábado, 26 de novembro de 2011

RECOMEÇAR


É só uma sombra sob a árvore
Vazia desde o dia em que partiu
Mas esconde as pedras encabuladas
Que amargam minhas lembranças

É só uma sombra que clareia meu passado
Que aflige os dias inexistentes que virão
Trazendo a saudade que se acumulou no tempo
E que cortará a penumbra da minha gaiola

É só uma sombra que balança perto da varanda
Movida pela velocidade silenciosa do vento
Onde folheio as páginas viradas
Que capotaram no caminho para a felicidade que eu não acreditava

É só uma sombra que se estende por mais um dia que espero minha partida
Partida que me encontrará sentando à sua espera
Sentindo meu olhar perdido nas sobras que ficaram na estrada de areia
Saboreando o chiclete de fruta
Fruta da minha terra

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

LÍRIOS



                                                    LÍRIOS

Os lírios balançam no relento
Noite adentro
A tímida nuvem que não se desnuda
Que não serve de abrigo
Serve apenas de alento
Enquanto é beijada pelo vento

São apenas simples lírios
Que seu coração deixou largado no vento
Deixou entregue ao relento
Sem abrigo
Pela noite adentro

São os lírios que a canção
Não entoou pela noite adentro
Noite perdida na solidão do relento
Sem nuvem cinza como abrigo
Sem estrela para semear o luar no vento

Este poema é parte integrante do meu livro NUVENS
Para adquirir, entre em contado


Email     arnoldopimentel@gmail.com
             arnoldopimentelfilho@hotmail.com  (Email e MSN)
Tel         21-8243-2124

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Lançamento Livro "NUVENS" de Arnoldo Pimentel



Uma vida é feita de muitos instantes. Em uma visão superficial tais instantes podem parecer corriqueiros, insignificantes e ou  ordinários. Todavia, olhares atentos os re-significam  e lidam com eles dispensando atenção merecida.
Em Nuvens, Arnoldo Pimentel nos convida a apreciação das belas  imagens de instantes simples.  Ele se torna o anfitrião que nos leva da escolha da camisa ao passeio no Leblon.
Aquele que se atenta à beleza da simplicidade, nos leva a questionar sobre a importância dos instantes, sobre o que o efêmero representa em nossa existência. O poeta nos aconselha que apesar da fugacidade do instante, ele é o que torna o que somos, o que vemos e apreciamos. Não atentar-se a isso é evaporar-se na areia, é desejar partir da vida só para não sentir dor.

 Rosilene Jorge dos Ramos