Arnoldo Pimentel e Sérgio Salles-Oigers no niver do Sérgio
Sérgio Salles-Oigers na Noite Brega do Gambiarra Profana
Gambiarra Profana no Teatro do SESC Nova Iguaçu
O Palavras nos Ventos está homenageando os poetas do Grupo Gambiarra Profana, cada postagem que serão 16 terá um poema meu dedicado ao poeta e um do poeta homenageado, hoje o poeta e parceiro é
Sérgio Salles-Oigers
Sérgio Salles-Oigers (Compositor Hermético dadaísta de plantão)
Sérgio Salles-Oigers é poeta, contista, cronista, músico, compositor, cantor,editor audio-visual, fundador e lider do Gambarra Profana, faz parte também do grupo po-de-poesia e da Folha Cultural Pataxó.
Parabéns Sérgio por seu talento, por ser essa pessoa amiga, que agrega, junta e não divide, por ser tão amado pelos amigos, por estar sempre pronto em qualquer hora ou lugar.Beijos cara
MIRAGEM SEM IMAGEM
Autor: Arnoldo Pimentel
Dedicado a Sérgio Salles-Oigers
É apenas uma miragem
Que não inventa imagem
Apenas sente essa prisão interior
Cárcere sem grades
Que exorciza nas palavras
Sem paisagens
Canções que se desgarram da dor
02:30
Autor: Sérgio Salles-Oigers
Eu sei que você gosta de vagar
Nua pelas ruas
Com uma xícara cravada nos joelhos
E sei também...
... Sei também que o sexo é a sua maior defesa,
Não há quem lhe diga não;
E quem lhe dirá não?
Onde você pisa concentram-se fontes de petróleo
E de leite em pó.
Teu olhar nega o que seus seios confirmam.
Os deuses sentam-se na arquibancada
Para contemplar-te
Em sua sede de carne
Na qual os pólos se unem
Soterrados em latas de refrigerante
100% diet.
Olhos de vidro, dentes de marfim.
Onde será que você se esconde?
Ainda ontem te vi disfarçada de mulher,
Hoje, disfarça-se de amor;
Só espero que amanhã
_Não me venha cobrar o imposto de renda.
A AGONIA DE VIVER SEM PODER DESFRUTAR A VIDA OU O OUTRO LADO DO DESESPERO
Autor: Sérgio Salles-Oigers
Antes que os raios risquem
E os trovões soem meu corpo
Me deixem tragar o último gole de whisky
E extasiar-me de prazer na última foda.
Banhar-me no doce sal do azul do mar.
Tocar pela última vez
Os espinhos das flores campestres.
Admirar a negritude brilhante
Da lua crescente.
Beijar as prostitutas
Sentindo pela primeira vez, o amor.
Dar o último suspiro
No que me restou de vida.