Edicões Gambiarra Profana/Folha Cultural Pataxó

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

FONTE DA SAUDADE

                                              Foto de Rosilene de Souza
                                                     
FONTE DA SAUDADE (Inspirado na foto acima)
Poema dedicado à amiga Rosilene de Souza 
Visite o blog da Rosilene ( www.sopadeletrinhasdalenynha.com)
Ali encontrará haikais, sonetos, acrósticos, orações, poesias livres, etc
Sempre belos e inspirados textos

FONTE DA SAUDADE
Senti a canção entoada pelo vento
Que vinha flutuando
Pela tênue luz da praça
Que enfeitava o mar naquele recanto

A janela às vezes vacilava
E as cortinas se enrolavam
Em volta do meu rosto

As estrelas cadentes
Beijavam as gardênias
Que decoravam a sala de longe
Respingadas pela água cristalina da fonte

Que ficava atrás da serra
E meus olhos não alcançavam
Porque estavam a ver as gaivotas
Tentando traduzir o som das ondas
Que se quebravam no “fim” do meu mar
Autor: Arnoldo Pimentel


Acróstico da Rosilene de Souza

A lcançar a alma do amigo: Presente!
econhecê-lo em meio a multidão: Tesouro!
N os momentos diversos da vida ter sua companhia: União!
O uvir seus sonhos e compartilhar os teus: Alegria a dois!
L evantar de manhã encontrar seu oi ou seu sorriso: Abrigo!
D ar asas aos seus sonhos e juntos voar: Doar!
O nde estiver desse amigo lembrar: Saudade!

Autora; Rosilene de Souza

Muito obrigado Rosilene, pelo poema e pela amizade, que é muito importante, estou muito feliz pelo presente, Deus ilumine seu caminho e dos seus.



sexta-feira, 19 de agosto de 2011

CHAGAS



CHAGAS

As chagas que levarei daqui
São as feridas que rasgam
Meu corpo
Provas que sobrevivi
As luas de júpiter
Que tentaram
Manter-me
Sob grades
Desde que
Nasci

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

AMOR




Deixei o livro sobre a mesa
Fui até o lado de fora
E a vi quando pendurava roupas
Para secar

Ficamos nos olhando por alguns minutos
Sangue pelas veias a pulsar
Corpos querendo se amar
Se deitar

Até nos lembrarmos
Que sua cabana tinha
Uma bandeira vermelha
E a minha, uma cor de ouro
E entre nós a solidão
Das diferenças
A nos separar

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

VALQUÍRIA





O sangue e a mordaça ainda pintam os tempos
Entre os ponteiros dos relógios
Lacunas vazias
Páginas em branco nas gavetas da vida

Ouvindo o grito que ecoa
Rondando as janelas
Tempos de espera
Saudades que a espera

Pelo assoalho o olor do amor
Tudo pelo amor
Que irá semear o ventre sem pedir licença e com pudor

Para o feto nascer
Com a alma vazia
Para viver suas longas noites em agonia

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

BEIJOS MOLHADOS


Sedutores são seus lábios
Que me convidam para um beijo
Que molham o orvalho
E enchem meu corpo de desejo