Sou como a voz
Que clama no deserto
Olho em todas as direções
Não encontro Você por perto
Imploro que me ouças
Que ilumine meu caminho
Não tenho a pomba branca
Não tenho como caminhar sozinho
Minhas pontes são feitas de chagas
Não sou feliz por estar aqui
E sem Você
Sou apenas nada
Minha tormenta é não ter onde me amparar
Não encontrar Sua fortaleza para me guardar
Andar pela escuridão sem encontrar Sua mão
Não saber como nem onde Te entregar meu coração
Amigo(a) se ainda não teve a oportunidade de ler minha entrevista no blog da Anne Liere, visite o link abaixo
http://recantodosautores.blogspot.com/2012/02/recanto-entrevista-arnoldo-pimentel.html
Edicões Gambiarra Profana/Folha Cultural Pataxó
quinta-feira, 29 de março de 2012
quinta-feira, 22 de março de 2012
OUTRA MARGEM DO RIO
Não existe quase nada em volta
Não existe uma cabana para se abrigar
Para se esconder do mar
Nada que seus olhos possam tocar
Existe a desolada imagem do deserto
Vento soprando a terra árida
Tocando com seu assobio cada olhar do lince
Cada verso triste
Ao longe passa um rio que está seco
Como todos os galhos sem vida
No entardecer triste do outono
Como a vida que tem como sinônimo o abandono
Só se ouve o soprar do desalento
A dor desfigurada pelo vento
Solitário como lobo desgarrado e sedento
Como a fresta que se perdeu no tempo
Não existe quase nada na outra margem do rio
Não existe uma cabana para se abrigar
Para se esconder do mar
Nada que seus olhos possam tocar
Existe a desolada imagem do deserto
Vento soprando a terra árida
Tocando com seu assobio cada olhar do lince
Cada verso triste
Ao longe passa um rio que está seco
Como todos os galhos sem vida
No entardecer triste do outono
Como a vida que tem como sinônimo o abandono
Só se ouve o soprar do desalento
A dor desfigurada pelo vento
Solitário como lobo desgarrado e sedento
Como a fresta que se perdeu no tempo
Não existe quase nada na outra margem do rio
quinta-feira, 15 de março de 2012
OCASO DE UMA VIDA
A garrafa ficou vazia
Sobre a mesa do bar
Não tem nada na vida
Não aprendeu a amar
Está sem cores
Perdeu seus pudores
Enquanto tentava ajeitar a gravata
Apenas para se enfeitar
As ruas estão cambaleando à sua frente
Esqueceu os dormentes
Que usaria para poder se deitar
Seu sol não vai nascer
Seu corpo esgotado vai estremecer
Enfim, vai cair e não mais viver
Sobre a mesa do bar
Não tem nada na vida
Não aprendeu a amar
Está sem cores
Perdeu seus pudores
Enquanto tentava ajeitar a gravata
Apenas para se enfeitar
As ruas estão cambaleando à sua frente
Esqueceu os dormentes
Que usaria para poder se deitar
Seu sol não vai nascer
Seu corpo esgotado vai estremecer
Enfim, vai cair e não mais viver
Amigo(a) leitor(a) se tiver um tempinho leia a “Trilogia da Casinha Branca”, são três pequenos contos de minha autoria, todos inspirados numa casinha branca com portas e janelas verdes, os links abaixo, deixe seu comentário, é muito importante pra mim,assim como é importante sua visita e sua amizade.Obrigado.
ENQUANTO NOSFERATU PERCORRE A PAISAGEM DA SALA QUE FICOU ESQUECIDA NO VENTO
MURMÚRIOS DAS ÁGUAS
QUINTAL
quinta-feira, 8 de março de 2012
MAR DE ROSAS
Tem apenas um mar à sua frente
Um mar na noite logo ali quando termina os passos na areia
Logo depois da ponta dos ventos
Que balançam os cabelos
Tem apenas um mar na noite
Depois de despir o vestido preto
De despir o corpo nu de tanta espera
Depois que a noite abandona o leito
Depois que a solidão se aquece na brisa
Para invadir a alma despida
Quase sem vida
Tem apenas uma solidão no mar de vestido preto
Um olhar de leve que ficou sem jeito
Tem apenas um mar que morreu na noite e não houve outro jeito
Um mar na noite logo ali quando termina os passos na areia
Logo depois da ponta dos ventos
Que balançam os cabelos
Tem apenas um mar na noite
Depois de despir o vestido preto
De despir o corpo nu de tanta espera
Depois que a noite abandona o leito
Depois que a solidão se aquece na brisa
Para invadir a alma despida
Quase sem vida
Tem apenas uma solidão no mar de vestido preto
Um olhar de leve que ficou sem jeito
Tem apenas um mar que morreu na noite e não houve outro jeito
Arnoldo Pimentel
quinta-feira, 1 de março de 2012
PEQUENO PARAÍSO
Tudo era azul
Era sorriso para quem precisasse de abrigo
Abrigo pra quem precisasse de sorriso
De riso
Tudo era apenas uma fantasia
Que brotou da nuvem que passava
Para clarear a tarde cinzenta
Todos os brinquedos
Estavam espalhados pelo chão
Ilhados e isolados
Como uma rosa depois de perder
Um botão
Tudo era apenas um azul
Que não era celeste
Nem mesmo a cor do meu olhar
Nem minha alma sem vestes
Eram apenas estrelas dos brinquedos
Que sem medo
Ficaram sozinhos e espalhados
Pela minha sala
Minha sala decorada pela minha ausência
Minha sala que não era azul e nem servia de abrigo
Que não era sorriso
Nem riso
Era apenas meu pequeno paraíso
Arnoldo Pimentel
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