Edicões Gambiarra Profana/Folha Cultural Pataxó

sábado, 30 de outubro de 2010

FEBRE


FEBRE

Vem da febre
O meu lamento
O meu tormento
Meu sustento

Vem da febre
O suor seco
Que escorre pelo meu corpo
Quase roxo

Vem da febre
Minha cicatriz
O mormaço
Do meu bagaço

Vem da febre feito cicatriz
O lamento do meu corpo
Seco de querer viver
No tormento de não ter porque morrer

7 comentários:

  1. A vida toca-nos de tal forma que tudo é motivo para a cantar. Até no anti-canto.

    Abraço

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  2. Esssa febre que tom conta de tudo que existe em nós!!

    bjinhus...

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  3. A febre é um alerta, um pedido de socorro..
    Adorei, muito interessante mesmo.
    Parabéns!

    Beijos

    Marion

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  4. Lindo... essa febre... dói e faz nascer poemas...

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  5. Por vezes sentimos um tal estado febril que a lucidez emerge à superfície do corpo e se calhar mostra-nos o o seu lamento e tormento... Sair do corpo mas nunca perder a alma é talvez "baixar" a febre...

    Beijinho

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  6. "O lamento do meu corpo
    Seco de querer viver
    No tormento de não ter porque morrer"

    É incrível como a poesia tem o poder de transformar um momento de desespero em algo tão lindo.
    A febre é sinal de que algo está errado, mas estar vivo é a certeza de que ainda resta uma esperança.Há um motivo para acordarmos todos os dias...cabe a nós TENTAR descobrir...
    Grande abraço

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  7. febres de uma vida inteira, que trazem loucuras desesperos, tormentos, ilusões...
    Beijos

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