Edicões Gambiarra Profana/Folha Cultural Pataxó

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

POESIA SEM LADOS

Minha poesia se desencantou
Como o mamão maduro que caiu
No chão molhado pela chuva ácida
Maduro
E sem futuro

Minha poesia não é mais encanto
É o pranto
Que foi iluminado na paisagem sem lados
Sem o azul céu
Sem gotas de mel

Minha poesia voltou para o gueto
Onde viu os pombos desalinhados
Procurando caminhar descalços
Sem saber escrever um soneto

Minha poesia morreu
No meio da vastidão sem palco
Sem campo para pousar
Sem corda para se enforcar


Arnoldo Pimentel

Quer uma dica de uma leitura ótima e diferente do que costuma ler?
Leia, comente e siga o blog de Sérgio Salles-Oigers
http://chicletesalgado.blogspot.com

22 comentários:

  1. Olá Arnoldo! Gostei desta descrição da poesia,
    com saudosas metáforas!
    Gostei do jogo das palavras também!

    Obrigada pelas palavras carinhosas que deixaste em meu blog!

    Grande abraço cheio de carinho! Tenha uma ótima 5ºF!

    Aline Santos, autora do blog 'Epífises de uma Pérola'

    ResponderExcluir
  2. Muito legal, mas tua poesia não se desencanta, está sempre linda!abraços,chica

    ResponderExcluir
  3. Um poema desencantado mas muito belo que não me convenceu que a sua poesia morreu!

    beijinhos

    ResponderExcluir
  4. Amigo que poema lindo, sua poesia ta mais viva que nunca...bjus tere.

    ResponderExcluir
  5. Oi Arnoldo!
    Belo poema, esse tom derrotista que nos deixa o gostinho de que "Fenix" ressurgira' ainda mais bela!!!
    Parabens

    ResponderExcluir
  6. Gracias pela sugestao do "chiclete salgado"...muito bom!!!

    ResponderExcluir
  7. é assim mesmo a poesia, amigo arnoldo, nunca escolhe o fruto e muito menos a estação...
    abraço!

    ResponderExcluir
  8. Boa tarde, Arnoldo. Linda poesia, que no fim de tudo ela reviverá com uma força bem mais intensa, e com a alma renovada!
    Tenha um fim de semana abençoado e feliz!
    Um beijo na alma!

    ResponderExcluir
  9. As vezes a inspiração dá uma voltinha, nos sentimos como sozinhos desse mundo poetar, mas até nesses dias as palavras não perdem seu sabor, mesmo pra relatar algum desamor. Poeta é poeta em todo o tempo, em todo momento mesmo sem criar, apenas por linhas traçar. bjim.

    ResponderExcluir
  10. Olá meu caro,

    lindo poema, profundo e triste. As poesias não morrem, se concretizam na alma dos leitores.

    Abraços e boa semana

    ResponderExcluir
  11. A poesia morre para se tornar encantada. Um encanto sua poesia.

    Abraços.

    ResponderExcluir
  12. Boa noite!

    as vezes se faz necessário
    matar alguns"EU"para dar vida
    a um novo eu e pro seguirmos essa nossa caminhada!
    belo!

    ResponderExcluir
  13. Olá Arnoldo, pode até ser poesia sem lados, mas é emocionante de ler!
    Parabéns, lindo texto.

    ResponderExcluir
  14. Sua poesia não morreu ela esta aqui se eternizando em nossa alma pela escrita.....
    Beijos

    ResponderExcluir
  15. ... mas novamente amanhece.
    Para o poeta, assim como você, há sempre um novo dia a ser sonhado, seja ensolarado ou nublado; sob ou sobre qualquer adversidades, a máquina de pensar está sempre em movimento; sempre a espreita.
    Abraços, poeta.

    ResponderExcluir
  16. ... mas novamente amanhece.
    Para o poeta, assim como você, há sempre um novo dia a ser sonhado, seja ensolarado ou nublado; sob ou sobre qualquer adversidades, a máquina de pensar está sempre em movimento; sempre a espreita.
    Abraços, poeta.

    ResponderExcluir
  17. Meu querido amigo

    Um poema IMENSO, um grito de revolta.

    Um beijinho com carinho
    Sonhadora

    ResponderExcluir
  18. Ah.....a poesia nunca morre..
    A dor as vezes nos faz renascer para algo muito melhor...
    Ou a dor..ou o amor...

    Um beijo...parabéns poeta!!

    ResponderExcluir
  19. Arnoldo,poesia que emociona e quantas vezes não queremos dizer isso de nossas poesias?Vc escreveu com maestria o sentimento do poeta!bjs,

    ResponderExcluir
  20. Arnoldo, a sua poesia pulsa em cada palavra que escreve.
    Adoro lê-lo!

    beijos
    cvb

    ResponderExcluir
  21. Que belíssimo poema amigo Arnoldo, parabéns !

    ResponderExcluir