Edicões Gambiarra Profana/Folha Cultural Pataxó

domingo, 14 de novembro de 2010

QUANDO EU ESTAVA VIVENDO NAZARETH


QUANDO EU ESTAVA VIVENDO NAZARETH

Não sei por que queria ouvir Nazareth
Mas eu precisava sair para olhar o mundo
Não importava o que eu iria perder
Pois no fundo do mar perdemos tudo

Ou você sabe onde está seu tesouro?
Por que será que eu não caminhei?
Onde estavam minhas flores?
Eu não conseguia me encontrar

O disco do Nazareth foi tudo
Era meu momento, pois tinha que te beijar
Minhas veias eram o jardim do meu coração
Mas não viviam tudo que precisavam

Talvez eu estivesse escondido no armário
Quando você chegou para fazer amor
E como minha timidez era mais forte
Fiquei encolhido entre as latas de cereais

Mas hoje estou tentando viver Nazareth
Tento descrever nossos momentos
Que na verdade foram levados pelo vento
Antes que tivéssemos vivido, em vão, talvez

10 comentários:

  1. Há sempre um segundo fôlego, contas a ajustar com os nossos medos...
    Quanto à música dos Nazareth, seria Love Hurts?

    Abraço

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  2. Nossa eterna busca..lindo trabalho!
    Parabéns!
    Ótimo domingo para você Arnoldo!

    Beijos.

    Marion

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  3. Todos temos nossos medos e como diz AC, são contas a ajustar com o passado, também todos temos. Ser capaz de falar neles já é meio caminho andado para os vencer...

    Teu poema é lindissmo. Gostei muito.

    Arnoldo, não esqueci os teus selinhos, amanhã pego para publicar.
    Beijos.

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  4. Belo e saudoso poema, meu querido!
    Tão bom ler suas coposições!

    Beijo meu.

    Álly

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  5. Aenoldo,lindo e melancólico. Sempre as músicas nos remetem ao que passou, nos seguram em momentos vividos.
    abraços

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  6. "Tento descrever nossos momentos
    Que na verdade foram levados pelo vento
    Antes que tivéssemos vivido, em vão, talvez"

    Incrível como as vezes lemos algo que parece ter saído de nossa própria alma...
    Um forte braço!

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