Edicões Gambiarra Profana/Folha Cultural Pataxó

terça-feira, 2 de novembro de 2010

"INTERIORES"


"INTERIORES"

Vaso que decorava a sala
Que ficava num canto
Olhando todo desencanto
Que ali habitava

Um vaso sem flores
Flores que poderiam decorar
A canção solitária das ondas
Que se faziam escutar no quebra mar

Porta aberta de frente pra praia da sala decorada
Cortina de fumaça no canto da janela
Jazz que toca na vitrola
Vento que trás boas lembranças de outrora

Mar iludido pelo silêncio das ondas
Decorado pela lua que ilumina a vida partindo
Ondas batendo
Mar se abrindo
Cortina de fumaça que embaça
Coração que se esconde na fumaça
Do mar que abraça

Vaso que decora o canto da sala
Sem vida para apreciar
Vida que ficou escondida na cortina de fumaça
E partiu com as ondas que silenciam
O fim do mar

8 comentários:

  1. Bom dia meu amigo Arnoldo,
    seu poema revela a verdade de nosso
    interior...
    Lindo poema, de muita percepção..adorei!
    Parabéns, lindo dia!

    Beijos.

    Marion

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  2. curioso, o teu poema...
    muito bem escrito, como é teu costume.
    tem dia feliz.
    abraço.

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  3. Boa tarde!!!!
    Essas lindas palavras aqui fazem uma pessoa sorrir, versos lindos que tocam um coração.
    beijos

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  4. "Vaso que decorava a sala
    Que ficava num canto
    Olhando todo desencanto
    Que ali habitava"

    Lindo, lindo!!

    =)

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  5. Ola amigo

    Todos temos os nossos interiores nao é mesmo?
    Uma parte tao escondida e embaçada!

    Amo teus poemas sabia!?
    Voce possui tamanha sensibilidade nas palavras!

    BEIJOS,QUERIDO!

    Até mais!

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  6. Olá Arnoldo,
    Boa tarde, o texto interiores pode nos trazer pontos de semelhanças entre coisas diferentes, analogias, um vaso pode representar vidas. Parabéns pelas lindas palavras.

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  7. Adorei estar aqui...lindo seu blog... belos texto...

    :D

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