Edicões Gambiarra Profana/Folha Cultural Pataxó

terça-feira, 7 de setembro de 2010

VULTO FERIDO (TRILOGIA DO BAR)

VULTO FERIDO
É ali que me sinto feliz
Entre um drink e outro
Nasce minha poesia
Esqueço a amargura do dia

É ali que me encontro
Que me desencontro
Que deixo garrafas partidas
Que vivo minha vida sem vida

Sou apenas um vulto no bar
Um vulto que não serve para ninguém amar
Um vulto que só sabe chorar

Sou um vento que passou na mesa do bar
Um vento que não toca nem a flor
Um vento que nasceu sem cor

Sou um vento ferido
Um vento ferido que não sabe amar
Que não sabe soprar
Na direção do mar


5 comentários:

  1. Grande amigo Arnoldo,
    Gonzaguinha já falava, em versos, sobre mesa de bar e você tem uma forma toda própria e também sutil de fazê-lo. Gostei mesmo!
    Nossa, pesquisei um bocado para aquele post e suas palavras só me deram mais alento. Obrigada!
    Em tempo: deixei no blog Porta-jóias/Selos e Mimos um carinho para você...
    Beijinhos!!!

    ResponderExcluir
  2. Lindoooo...sem mais palavras...

    Beijinhooooo

    ResponderExcluir
  3. Lindo poema. Amo suas poesias.

    Abraços.

    ResponderExcluir
  4. Transformou a dor, a tristeza, a fragilidade de uma pessoa num poema lindo!
    PARABÉNS!
    Adoro seu trabalho!

    Um grande abraço.

    Marion

    ResponderExcluir