Edicões Gambiarra Profana/Folha Cultural Pataxó

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

PARQUE



Chegou ao parque
Olhou o balanço
Que estava vazio
Que balançava sozinho
Há tempos, vazio,

Sentiu a chuva caindo do céu
Correu e fez sinal para o ônibus

Pela janela do ônibus
Viu o tempo que passou,
Tudo que perdeu
E o balanço do parque
Vazio.

Arnoldo Pimentel

6 comentários:

  1. Adorei o seu texto! Ele é misto de poeticidade e literariedade... Aproveito para desejar um feliz 2013 e que você desvende os dias misteriosos desde ano ímpar. Abraço fraterno, Jasanf.

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  2. Toda a volta ao passado, nos caminhos da memória, mostram vazios. Bjs.

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  3. Deveria ter ficado por mais tempo... no balanço! ;)

    Beijos e flores.

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  4. Bateu fundo este poema: amargura, solidão, tristeza, nostalgia, mas tanta, tanta beleza!
    Beijinho

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  5. O tempo passado no balanço não foi perda de tempo.
    Beijos!!!

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