Edicões Gambiarra Profana/Folha Cultural Pataxó

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

NATAL SEM SINOS


NATAL SEM SINOS

Não tem lareira na minha sala
O sapatinho na janela amanheceu vazio
Papai Noel não enxerga
Chaminés de desesperança
Não sou mais criança
Que acredita no azul além do mar
Recomeçar seria apenas o começo
Do abandono que ficou no tempo
Não tenho vento que iluda
As renas que conduzem o trenó
A janela ficou aberta
Mas chegou apenas o vento do desamparo
Meu presente ficou distante
O diário tem apenas páginas em branco
Ilustradas por desenhos pintados pela solidão
Hoje sou inverno desiludido
Poema embranquecido
Esquecido
Na noite sem sinos de natal
Hoje
Sou gaivota flutuante
Mas que não tem coragem
De viver um natal
Além do horizonte

3 comentários:

  1. Arnoldo,
    Desejo-lhe um Natal pleno de luz, envolto na sua verdadeira essência.

    Abraço

    ResponderExcluir
  2. São nos pequenos gestos e atitudes do nosso dia-a-dia que devemos proporcionar o mínimo de alegria e compreensão a todos que nos cercam. Que o espírito natalino encha os nossos corações. Feliz Natal! (Fernando Waki)

    bjinhus...

    ResponderExcluir
  3. Arnoldo um belo poema, amigo.

    Beijos com carinho e que o espírito natalino seja constante em todos os dias do ano.

    ResponderExcluir