Edicões Gambiarra Profana/Folha Cultural Pataxó
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
NÃO MATARÁS
NÃO MATARÁS
Sentirei o frio que desajustou a primavera
Quando cobri meu rosto com os cabelos do inverno
No meio da calçada esverdeada pela centelha da desilusão
Que nasceu do emaranhado de sentimentos na sua partida
Abraçarei os frutos que amadureceram em pedaços
Que caíram das árvores inférteis que vivem na sombra
Onde os ventos da mudança colidiram com a esperança
Que ainda insistia em respirar a fragrância do meu coração
Tentarei esquecer os beijos sonhados na penumbra
Que alimentava minha vida tímida e sem palavras
Que às vezes sorria com desembaraço apenas para disfarçar
A aflição que nascia no momento dos carinhos sem harmonia
Acenarei com um adeus no instante da despedida
Para olhar só mais uma vez o corpo que não possui
Mas que estava entregue nas horas solitárias
Desejando ser abraçado no momento que me perdi
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"Onde os ventos da mudança colidiram com a esperança"
ResponderExcluirLindo, amigo!!!
Nesse fim de seana buscarei os selos do outro blog, tá?
Beijos em vc!
Álly
Simplismente lindo!
ResponderExcluirBjs
O teu poema está simplesmente lindo, com um conteúdo muito explicito, sofrido e belo. Apenas não consigo relaciona-lo com o seu título..., será esperança numa não partida?!...
ResponderExcluirBeijo.
- não esqueci os teus selinhos, logo, logo pego neles :-)) 'brigada.
Não se matará.
ResponderExcluirbjs
Insana