Haverá um
tempo
Em que
vou atirar-me da ponte de ferro no penhasco
Para
encontrar meu tesouro no fundo do abismo
Que fica
depois da oitava curva do rio
Onde
enterraram meu coração no norte da minha vida
Haverá um
tempo
Em que a
fonte dos desejos não estará esperando meus anseios
Nas
tardes sem sol em que fiquei sonhando com a menina de cabelos dourados
Que
estava trazendo a cesta de biscoitos de polvilho
Com olhar
que seduzia as flores que enfeitavam os lados do caminho
Haverá um
tempo
Em que as
chuvas noturnas esconderão as estrelas que enfeitavam
As
paredes pintadas nas lembranças que traduziam os desejos
De
felicidade esvoaçada na liberdade de pensamentos
Que
evaporam nos sonhos perdidos entre os travesseiros brancos
Haverá um
tempo
Em que a
luz da minha vida será apagada pela desilusão
No
inverno que ficará mais tempo que a neve
Para
embranquecer os corações desesperados e abandonados
Na
colheita que começou na aurora e findará antes da tarde vazia
Arnoldo
Pimentel
Arnoldo, boa noite!
ResponderExcluirUm poema triste, melancólico, mas infinitamente bonito e emocionante. Um abraço, um ótimo domingo!
Amigo vc tem o dom de me emocionar, vice??
ResponderExcluirMuito lindo, muito profundo.
Um xeroooo!!!
lindo! Cheio de verdades e esperanças.
ResponderExcluirTenha uma semana abençoada!
Lindo, mas melancólico e repleto de desalento.
ResponderExcluirHaverá um tempo em que o sol derreterá a neve...
Beijo
Lindíssimo.... mas se lembre que sempre após o inverno e outono vem o verão e a primavera... e após a chuva e a escuridão, vem dias de sol... Bjsss
ResponderExcluirHaverá um tempo...
ResponderExcluirQue lacrimejando autopiedade.
E sentindo o cheiro das velas apagadas..
Ouvindo o dobrar dos sinos por nós
faremos o ultimo poema.. talvez o mais belo..
SAUDADES!!
Lindo poema parabéns.
ResponderExcluirObrigada por sua visita beijos.