Agora escrevo meu sangue
Tudo que passou
Atravessou o peito
E o mutilou
Fiz a barba às pressas
Com meu corpo ainda despido
E marcado pelo tempo
Que ainda não chegou
O espelho esmagou
Minha solidão
Com a peste do cacete
Que deixei sobre a mesa do café
Os arrepios são sinais
Das imagens
Que vivem bailando
Nas ruas onde ando
A praça é meu destino
Quando preciso me exilar
Minha caverna para hibernar
Na embriaguez que me naufragou
Que minha alto-estima aniquilou
O inimigo está lá fora
Entre as sombras que
Assombram meus dias
Pronto para me abocanhar
Louco para me torturar
Quando eu sair pela porta
Para justificar a merda de vida
Embriagada que vivo a levar
que forte Arnoldo..
ResponderExcluirtanta amargura..
belos e simples versos.
beijos querido