VERSOS E REVERSOS (Vinícius Siqueira)

VERSOS E REVERSOS

Dizem que céu é Deus
Dinheiro é solidão
Amor é ódio
Casamento é desunião

Dizem que droga é felicidade
Sangue é dor
Branco é desbotado
Sociedade é estuprador

Dizem que genialidade é loucura
Natureza é ciência
Ignorância é curiosidade
Conhecimento é inexperiência

Dizem que paz é guerra
Amizade é traição
Morte é sossego
E tristeza é imensidão

E se todo bem for maldade
E se todo mal for benevolente
O que seria do meio termo?

Autor: Vinícius Siqueira (Poeta e músico do grupo Gambiarra Profana)

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SELO DA INSANA

Recebi este selo da amiga Insana
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Regras
1- Ler e comentar a poesia acima (peço porque sempre ficamos felizes em receber um selo de presente, mas nesse momento esquecemos a poesia ou texto, razão do blog existir, façam isso sempre que oferecerem um selo)
2- Colocar a imagem do selo
3- Escrever o link de quem recebeu
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VINHO E PÃO

VINHO E PÃO

É como sentir
O sabor do limão
O sabor do vinho
E do pão

Como viver em harmonia
Apenas na fantasia
Chorar noite
E dia

É como
Chegar no amanhecer
Olhar o dia que vai passar
E morrer

É como morrer
Sem dores
Apesar das torturas
Ou com dores
Apesar dos louvores

JANELA FEITA DE POESIA (Dedicada a Denise dos Anjos)

JANELA FEITA DE POESIA (Dedicada a Denise dos Anjos)
Autor: Arnoldo Pimentel

Naquela noite só me faltava
Olhar pela janela
Sentir o brilho nos olhos
Sorriso em aquarela

Talvez a vida seja feita de momentos assim
Coisas simples
Toques com olhar
Momentos felizes que devemos cultivar
Eternizar

É apenas uma janela que sorriu
Não importa se no papel da mesa do bar
Uma janela vestida de amor
De emoção no momento de declamar

É uma janela que se fez a mais bela
Uma janela que nasceu eterna
Uma poesia linda como a lua cheia
Linda como a amizade que semeia

JANELA (Homenagem a um poeta)
Autor: Luis Anjos

A poesia é a janela da alma do poeta
E através dela ele ganha o mundo
Quando se põe a escrever

Seus sonhos são do tamanho do papel que dispõe:
Um guardanapo no bar
O maço de cigarros na festa
A folha de ofício em casa
O verso de uma panfleto na rua

Vai poeta, segue o teu caminho
Viva seus amores
Morra e renasça em versos
Vagueie livremente por entre as flores
Que só existem nos jardins da sua mente

Ganhe quintal, estrada e lua
Aquela moça em seus braços nua

Sangre até a última gota
Abra as asas e voe
Quem vai ousar dizer-lhe que não é possível
Esta história é sua

NEBLINAS E SOMBRAS

NEBLINAS E SOMBRAS

As palavras se perderam nas horas
Os olhares não se encontram na esquina
Neblinas e cinzas no paraíso
Beijo sonhado que ficou partido

Simples mesmo é apenas sorrir
Apenas sentir
Saber aonde ir
Saber se despedir

Sentir e esquecer o remorso
Do amor que não viveu
Que não floresceu

Baladas são apenas palavras
Que apesar da neblina se calam
Mas as dores sempre passam

NOITE

NOITE

Toda noite o trem parte
Toda noite a mesma solidão
Olhos nos olhos
Um leve toque de mãos

Toda noite a mesma candura
Deserto em flor
Nem mesmo um beijo
Toda noite a mesma dor

Toda noite
O nevoeiro esconde a desilusão
Toda noite o mesmo desencanto

Toda noite o aceno solitário
Do rosto que fica
Do amor que vive em cada despedida

ABRIGO TODOS OS DIAS

ABRIGO TODOS OS DIAS

O dia amanheceu claro
Com flores enfeitando seu jardim
Flores que sempre enfeitarão
Todos os caminhos do seu coração

Tudo em você é sorriso
Suas palavras são abrigo
Abrigo nas noites frias
Abrigo todos os dias

Sua amizade é feita de amor
De confiança
Sua amizade é sempre esperança

Esperança na existência da bondade
Esperança que me faz crer
Que você encontrará a felicidade

DESEJO

DESEJO

Meu desejo
É passar uma noite com você
Corpos suados, beijos molhados
Amar e ser amado

Ter seus carinhos
Somente por prazer
Para não ficar sozinho
Em meus braços quero te ter

Meu desejo
É ouvir você sussurrar
Que não consegue me deixar

Que quer ficar assim
Que vai sempre se entregar
Quando eu a desejar

MONALISA

MONALISA

São sonhos furtivos que esqueceu na beira do mar
Assim que deixou de olhar seu azul
Assim que voltou para seu ap de dois quartos
E se deitou de lado

Sonhos dourados que foram levados pela brisa
Menina dourada
Que caminhava no calçadão à beira da praia
Linda como a Monalisa

Com cabelos cacheados acariciados
Pelo vento do seu olhar
Sentindo os dedos da maresia em suas pernas tocar

Beijo sonhado que acabou deitado ao seu lado
No quarto apertado do ap desarrumado
Lembrando sua Monalisa, sonho de uma noite de amor
Que ficará no passado

UMA MANHÃ PARA AMAR

UMA MANHÃ PARA AMAR

Toda manhã fico na beira da praia para olhar
Alguns barcos ancorados
E outros a navegar
Que enfeitam esse pequeno pedaço do mar

Procuro em todas as direções
Até meu olhar te encontrar
Do outro lado do mar
Tranqüila e linda apenas a caminhar

Em um barco eu queria estar
Iria navegar até te alcançar
Para podermos pela ilha passear

Então sonho em um momento ter asas
Para poder até a ilha voar
E termos a manhã inteira para nos amar